Entramos bem e depois de várias oportunidades para marcar, Kiki, de pé direito, assistido por Mercado, deu um justo colorido ao marcador, para alegria das mais de duas centenas de avenses que nos foram apoiar. O Gil Vicente, apoiado também pelo seu público (foram anunciados mais de 7000 espetadores, posteriormente corrigidos para metade, num excesso, este compreensível), na estreia do novo treinador, conseguiu dar a volta ao resultado no primeiro tempo, mas Nené, servido por Granada, evitou uma injustiça maior ao intervalo, fazendo o 2-2.

Depois do Magriço José Torres ( figura do futebol português das décadas de 60 e 70), Nené é agora o segundo jogador mais velho a marcar na primeira divisão. A primeira parte ficou ainda marcada por outros excessos: o amarelo a Granada por uma falta no ataque sobre Zé Carlos. O excesso permitido à defesa gilista a quem em 45 minutos foram averbadas apenas 3 faltas, pelo juiz da partida, de Viana do Castelo, que deixou por mostrar cartões ( e marcar as faltas) em cargas à margem da lei sobre Aburjania e Nené. A segunda parte ficou marcada pelo rigor de mais um cartão mostrado a Granada, que com meia hora para jogar, foi expulso. Os galos, que não tinham criado qualquer oportunidade na segunda parte, aproveitaram a superioridade numérica para terem mais bola, mas até aos 90’ Simão Bertelli foi apenas chamado a intervir por uma vez. Com 89’ minutos eis que surge um golpe de teatro digno de um qualquer texto de Gil Vicente. O VAR Ricardo Baixinho decidiu falar mais alto e chamou o vianense Bruno Costa para ver uma situação que terá considerado “ clara e óbvia”. Pelo tempo que demorou a tomar a decisão – o penalti seria assinalado mais de 5 minutos depois – foi claro e óbvio que essa chamada do VAR não convenceu o juiz da partida. De penalti a equipa da casa chegou à decisiva vantagem, que iria ampliar já na fase em que a nossa equipa arriscava tudo em busca do empate.

No próximo domingo, estamos de regresso a casa, na recepção ao Vitória SC.