José Mota garante a equipa mais forte depois da paragem competitiva e aposta num triunfo em casa do Estoril. O treinador fez hoje a antevisão ao jogo em Conferência de Imprensa.
Paragem competitiva, duas semanas de tralho, uma de estágio e três reforços (Tomané, Paulo Vítor e Óscar Perea) a fechar o mercado e já em condições de serem opção este sábado na visita ao Estoril. O balanço dos últimos tempos do AVS Futebol SAD é um resumo que está na base da convicção de José Mota: a equipa está mais forte, mais preparada e vai dar uma resposta no Estoril (sábado, 15h30), onde procurará a primeira vitória da época.
“A paragem foi importante para nos conhecermos e porque há atletas que chegaram e precisavam de se integrar. Nós precisávamos de ter um grupo mais coeso e estas duas semanas foram importantes para esse conhecimento e para nos tornarmos mais fortes. O futebol não é só bola, é conhecermo-nos uns aos outos, conhecermos a personalidade de cada um e ter exigência diária. Isso foi conseguido, mas agora temos de passar isso para o jogo com o Estoril”, começou por dizer o treinador, na Conferência de Imprensa prévia ao jogo, realizada hoje na Vila das Aves. “O Estoril é sempre um adversário muito difícil, especialmente no seu estádio. É uma equipa com uma larga base do ano passado, com o mesmo treinador. Por isso temos de estar ao nosso melhor nível, no máximo da concentração. Além disso, perdeu o jogo anterior em casa e quer dar a volta a isso. Espero um Estoril agressivo, determinado e ambicioso. Conhecemos o adversário, trabalhámos muito sobre ele e sobre o que nós temos de melhorar. Antevejo um jogo interessante e penso que vamos estar à altura para dar uma boa resposta”, continuou.
José Mota está satisfeito com o grupo à disposição, após o fecho do mercado de transferências. “O grupo de trabalho atual tem condições para aquilo que nós pretendemos. Quisemos jogadores que acrescentassem e conseguimos. Claro que as equipas não se fazem de um dia para o outro, mas estes atletas identificaram-se rapidamente com o clube e chegaram para acrescentar, dar mais qualidade e profundidade”, vincou. “Muitas vezes ganham-se os jogos a partir do banco. Quando olho para o banco e vejo mais soluções, fico mais tranquilo. Se olho e penso que posso tirar o A e meter o B para acrescentar algo ao jogo, ficamos mais tranquilo. Sem armas não podemos mudar o jogo ou ajudar nisso. Hoje já temos isso. E armas não são apenas atacantes. Se preciso de homens mais defensivos, tenho de os ter. Por exemplo, em Braga, se tivesse mais um central no banco, de certeza que o teria metido”, explicou.
O jogo de Braga foi, então, o ponto de partida para o treinador falar sobre os aspetos em que sente que a sua equipa tem de ser mais capaz. “Sofremos golos em todos os jogos, temos de evoluir nesse sentido, mas uma equipa não se faz apenas de aspetos defensivos. Temos de evoluir em todos os aspetos. É importante não sofrer golos, mas isso é um trabalho de equipa. Estamos muito próximos de o conseguir, penso. Os jogadores que entraram podem dar-nos mais agressividade e outra forma de estar, não apenas defensivamente, mas também na fase ofensiva. Penso que hoje estamos mais capazes do que há duas semanas. O exemplo de Braga é bom a esse nível, queria manter a mesma coesão defensiva, mas ter mais acutilância ofensiva, sairmos melhor em transição”, analisou. “O mais importante é que todos percebam o que é a I Liga portuguesa. No último jogo, por exemplo, quando estávamos melhor no jogo e com mais um jogador, sofermos de bola parada. Não pode ser. Podia na primeira parte, em que o adversário estava melhor, mas na segunda não. Temos de erradicar os erros que nos têm custado pontos. Já com o Casa Pia isso se verificou. Os adversários têm aproveitado os nossos erros para fazer golos. E nós temos de ter capacidade de organização defensiva, mas maturidade para isso também e para criar ocasiões de golo”, completou.
Em jeito de conclusão, e numa resumo de toda a conferência, José Mota recuperou as ideias anteriores. “Tivemos nestas semanas os novos jogadores que vieram e precisávamos deles o mais próximos possível e foi nesse sentido também que trabalhámos. Os aspetos mentais e de conhecimento são, por vezes, até mais importantes. Em treino eu sei que este grupo dá tudo. Mas chegaram muitos jogadores novos e a alguns eu até perguntava o nome dos que estavam ao lado e eles não sabiam. Isto precisava de tempo e hoje, sinceramente, posso dizer que já tenho isso e que os jogadores se estão a adaptar de uma forma excelente”, concluiu.