AVS FUTEBOL SAD
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João Pedro Sousa aposta num bom resultado nos Açores para certificar a ideia que os jogos anteriores transmitiram: a de um AFS cada vez mais sólido e consistente no seu jogo. O Santa Clara não é propriamente um adversário acessível, mas a dimensão do desafio não retira motivação.
A primeira vitória da época – em casa do Fornos de Algodres, para a Taça de Portugal – não significa necessariamente que o AVS Futebol SAD tenha encontrado o ponto de viragem necessário no campeonato. Mas aquilo que a equipa colocou em campo mostra uma vontade grande de a equipa ser cada vez mais sólida e consistente no seu jogo, algo crescente desde que João Pedro Sousa assumiu a equipa e sinal que deixa o treinador muito confiante para o jogo em casa do Santa Clara, amanhã, às 18 horas de Portugal Continental. O treinador fez ontem a antevisão a um “jogo muito complicado”, contra um adversário que analisou e muito elogiou, mas vincou a confiança no seu grupo e explicou porquê,
EXPECTATIVAS PARA O JOGO: “A perspetiva é de um jogo extrememamente complicado para nós. O adversário demonstra muita competência no seu jogo, é muito competitivo, tem qualidade coletiva e acrescenta qualidade individual, traz muitas coisas da época passada. Tem um esquema tático muito claro, mas dentro desse esquema pode acrescentar várias nuances durante o jogo e isso obriga-nos a estarmos preparados para vários cenários. Mudam, inclusivamente, o sistema sem fazer substituições. Sem bola, o Santa Clara até tem uma situação curiosa, que é pressionar de forma diferente no corredor direito e no esquerdo. É um desafio muito grande para nós.”
PRIMEIRO TRIUNFO: “Relativamente ao tal clique derivado do último jogo, temos de estar conscientes de que, mesmo satisfeitos por termos ganho, não houve nenhuma viragem de página. Infelizmente, não é por termos ganho na Taça que agora vamos ganhar sempre. Tivemos capacidade de vencer em Fornos de forma menos difícil do que prevíamos – devido ao trabalho que fizemos – mas sabemos que o adversário é amador e não tem as armas que nós temos, é uma equipa amadora, tem um contexto completamente diferente. Fizemos a nossa obrigação, resultado justo e expressivo, estamos contentes por isso, mas precisamos de muito mais para atingir o objetivo que pretendemos.”
CONFIANÇA REFORÇADA: “Aquilo que nos deixa muito otimistas é que, nos três jogos que fizemos, mesmo no último, um jogo que tornámos mais fácil, percebemos que acrescentámos alguma coisa ao nosso jogo. No primeiro jogo, com o Estrela da Amadora, sentimos muitas dificuldades. No segundo, contra um Alverca forte, conseguimos já introduzir mais dinâmicas, mais comportamentos. E isso voltou a acontecer no último jogo. O que nos leva a estar muito otimistas para o próximo jogo é isso, é irmos intriduzindo coisas novas. Vai chegar para vencer? Espero que sim, estou muito confiante, a equipa também. Não vamos pensar que não o vamos conseguir, porque esse seria o primeiro passo para não vencer. Vamos com ambição de disputar o jogo, temos capacidade para o fazer.”
CRESCIMENTO DA EQUIPA: “Não gosto de falar de evolução, porque essa não será a palavra certa. Falo de evolução dentro do que eu pretendo, não do que está para trás, pois o anterior treinador quereria coisas diferentes. Em pouco tempo passámos muita informação aos jogadores em vários aspetos e em todos eu senti evolução. Contra o Estrela tivemos dificulddes de posicionamento, contra o Alverca senti evolução nesse sentido. Temos mudado comportamentos em função dos jogos e os jogadores têm percebido isso bem. Outro ponto específico: os nossos níveis de agressividade, com e sem bola, não estavam altos e também sinto que estamos a melhorar, embora sejam necessárias algumas semanas, rotinas, tempo, capcidade física também. Repito que não estou a criticar o passado ou a dizer que não havia isso. São coisas importantes para aquilo que eu preciso, para as zonas onde quero jogar. Considero que a equipa, no seu todo, está a evoluir.”
SANTA CLARA: “Se soubesse o segredo para ferir o Santa Clara era mais fácil. É uma equipa muito competente. Se compararmos com a última época temos a tentação de achar que as coisas não estão a correr bem, mas a última época colocou a fasquia muito elevada, a e os seus próprios responsáveis sabem a dificuldade de repetir a época anterior, ainda que possam ter esse objetivo, até pela qualidade do plantel e do seu treinador. Mas a verdade é que há ali muita qualidade e dali podemos esperar vários cenários. O segredo vai passar pela capacidade que tivermos de ferir o adversário e de impedir que eles nos criem problemas, dentro da qualidade tática e individual que eles têm. É verdade que é uma resposta redutora e básica, mas o futebol é muito isso, joga-se entre o que oodemos fazer e o que nos permite fazer, sendo que o contrário também é verdadeiro. E teremos ainda a questão da meteorologia. Parece que vai estar muito vento e isso pode ser decisivo. Vamos ver.”
RÚBEN SEMEDO: “O Rúben Semedo veio um bocadinho destreinado, com um bocadinho de peso a mais, precisa de algumas semanas. Ele sabe, temos de ir com calma e tranquilidade, não queremos correr riscos em irmos além do que podemos, até pelo risco de lesão associado. Jogadores sem competição chegarem em microciclos competitivos ou no início da época é completamente diferente. Mas ele está a treinar muito forte, muito bem, até a treinar duas vezes nas folgas. Mas é esforço que ele tem que fazer para, mais tarde, ter condições de competir.”