AVS FUTEBOL SAD
AVS FUTEBOL SAD
João Pedro Sousa está consciente de que se segue “um desafio muito difícil”, mas também acredita que o AFS conseguirá, contra o FC Alverca, corrigir alguns dos maus comportamentos exibidos na Amadora.
Com a certeza de que o tempo joga a favor do AVS, no sentido de haver ainda muitos pontos em disputa para recuperar da atual situação classificativa, João Pedro Sousa prefere, nesta fase, olhar para a floresta ao invés de se focar apenas na árvore. É evidente que o jogo com o FC Alverca (sábado, 18 horas) é, por esta altura, a maior preocupação do treinador, mas toda a preparação da equipa insere-se numa lógica de evolução mais global, que permita melhorar “defensiva e ofensivamente” e apontar a um futuro risonho. Os comportamentos que custaram pontos na Amadora foram identificados, a semana foi útil em trabalho para os corrigir e o treinador sente a equipa pronta para um “desafio muito difícil”, contra um adversário que, acredita, pode ser uma das surpresas deste campeonato. Numa antevisão aberta e até mais longa do que o suposto, o treinador abordou ainda outros assuntos.
SEMANA APÓS DESAIRE NA AMADORA: “Responsabilidade minha, fui eu que treinei os jogadores e passei a estratégia, por isso a responsabilidade é minha. Por nome a minha forma de trabalhar não oscila em função do resultado. Queremos sempre um equilíbrio na forma de trabalhar e foi isso que nós fizemos, tendo sempre em conta, claro, aquilo que vimos e aquilo que achamos que temos de melhorar, reforçando também as coisas positivas. Porque, apesar do resultado, houve coisas positivas.”
PIOR ATAQUE, SEGUNDA PIOR DEFESA: “Os números são muito importantes. Se o último classificado tem estes números, isso quer dizer alguma coisa. Os números sustentam a ideia que temos de melhorar o nosso comportamento em todos os momentos do jogo. Estamos a sofrer muitos golos, estamos a criar poucas ocasiões, a rematar pouco e a marcar pouco. Mas os jogadores sabem disso e estamos a trabalhar para construir uma boa equipa apara atacar os próximos jogos com mentalidade positiva para atacarmos as vitórias e os nossos objetivos.”
TRABALHO MENTAL: “Não consigo dizer a que tipo de trabalho damos prioridade. Mesmo quando se ganha é muito importante o trabalho emcional. Se descuramos essa parte, podemos corroer o trabalho técnico e tático. Não descuramos essa parte e começo as semanas sempre com uma conversa com os jogadores.”
REFORÇO DO PLANTEL: “Cheguei e passado uns dias chegou o Gustavo Assunção. Não é coincidência. É um jogador que eu conheço, que gostava de regressae e e u senti que fazia sentido. Agora posso ter uma ou outra ideia de reforçar com jogadores livres. As vezes tem a ver com a forma de jogar ou trabalhar e perceber que numa ou noutra posição o perfil do jogador pode dar garantias, ou somar perfis diferentes na mesma posição. É verdade que a minha ideia será chegar mais gente, não por achar que falta qualidade, mas pela forma como quero que a equipa jogue.”
JOGO COM O ALVERCA: “Vai ser um jogo muito complicado. Não me admiraria se o Alverca fosse uma das surpresas no final da tempoada. Uma equipa com bons jogadores, bem treinada, bem trabalhada. A sua forma de jogar está lá em todos os jogos e isso é sinal de qualidade do trabalho e de jogadores. O padrão mantém-se. Vai ser um desafio muito grande. Estamos preparados, mas temos de melhorar algumas coisas em relação ao último jogo, porque o Alverca é, em alguns pontos, ainda mais forte do que o Estrela da Amadora.”
POSTURA DA EQUIPA: “Quero uma equipa mais competente. Se vai ser mais expectante ou mais pressionante, isso vamos ver. Mas quero uma equipa com mais capacidade para proteger a profundidade, os corredores laterais. Fomos muito magoados nessas situações no último jogo. Temos que corrigir rapidamente isso e acredito que vamos conseguir. Outras correções podem levar algum tempo, a relação entre setores precisa de tempo e trabalho. E, claro, há uma situação que nos condiciona sempre, que é o adversário e a forma como ele se apresenta. Podemos ter uma intenção e o adversário não nos permitir.”
ALVERCA FORA DE CASA: “Estamos numa fase muito precoce do campeonato. A amostra do que temos é muito reduzida para perceber se os padrões do que se faz fora e casa são relevantes. Confio mais naquilo que eu vi. Ao analisar o jogo e o adversário percebo o que fizeram no jogo.”
A PERSPETIVA DO TEMPO: “Sabe que falei do tempo no final do jogo, junto dos jogadores. O tempo joga ainda a nosso favor. Ou seja, para estarmos tranquilos e acreditar no nosso trabalho, pois teremos tempo para corrigir o que podemos fazer. Se falarmos em relação ao meu trabalho, é ao contrário, ainda não tive tempo. Nem eu nem os jogadores. Muitos são jovens, novos, chegaram de fora e todos precisam de se adaptar até a estes contextos competitivos diferentes. Eu passei-lhes a mensagem de que vamos ter tempo e vamos conseguir os nossos objetivos.”
ABORDAGEM AO JOGO: “Temos de ser consistentes. O Alverca é uma equipa equilibrada, que tem um ponta-de-lança agressivo que condiciona a construção. Tem centrais fortes nos duelos, com muita capacidade no jogo aéreo. Temos de ter segurança com a bola, desorganizar o adversário e procurar os espaços que o Alverca nos der. Temos de chegar lá e, depois, ser mais agressivos nas zonas de finalização. Temos de ser mais agressivos a pensar, a decidir, a rematar. Para fazer golos temos de ser agressivos.”